Programa “Ciência sem Fronteiras”: geopolítica do conhecimento e o projeto de desenvolvimento brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2016.52.2.10Resumo
O presente artigo se propõe investigar a crescente internacionalização do ensino superior através da análise do Programa do governo federal “Ciência sem Fronteiras”. Para tal, procura destacar o debate acadêmico acerca de temas como deslocamentos e fluxos territoriais, globalização e geopolítica do conhecimento científico para, em seguida, analisar este programa governamental a partir de discursos oficiais e notícias circuladas pela grande mídia, observando sua concepção, as formas de participação e seus primeiros desdobramentos. Como método, utilizou-se revisão bibliográfica e pesquisa documental, de forma a verificar como este programa, apesar de estratégico para a consolidação do nosso país como potência no Hemisfério Sul, reproduz valores convencionais, seja por fundamentar-se na lógica centro-periferia, seja por apostar na supremacia radical das ciências naturais como forma de inserção do país nas valorizadas rotas industriais e tecnológicas do sistema mundial.
Palavras-chave: ensino superior, geopolítica do conhecimento, Ciência sem Fronteiras.
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