Significados permanentes e mutantes: sociabilidades e significações no cotidiano de um café

Autores

  • Letícia Dias Fantinel Universidade Federal do Espírito Santo
  • Neusa Rolita Cavedon Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Tânia Maria Diederichs Fischer Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2014.50.2.07

Resumo

Este artigo tem por objetivo desvendar os significados atribuídos ao espaço organizacional pelos frequentadores de um café, compreendendo tal fenômeno em face da circularidade cultural e suas ressignificações, e à luz dos significados que os cafés receberam historicamente. Para tal, foi empreendido um estudo de cunho etnográfico, e adotadas as técnicas de observação sistemática e participante, além de entrevistas individuais em profundidade. Para a análise dos dados de campo, foi utilizada a análise de conteúdo. A categorização e a análise dos dados nos permitiram identificar repertórios de significados emersos do campo, que evidenciam a complexidade inerente à gestão de organizações cujo negócio central é a sociabilidade. Percebemos a perenidade histórica de significados relacionados ao convívio e ao espaço partilhado, mas também desvendamos significados que reforçam a contemporaneidade desse tipo de organização, como aqueles que remetem a fenômenos como individualidade e violência urbana. A discussão de tais aspectos implica novos desafios à gestão contemporânea, pensados sob o prisma da sociabilidade organizacional e da sobrevivência dos cafés como organizações que podem contribuir com inovações na construção de espaços urbanos compartilhados.

Palavras-chave: cafés, sociabilidade organizacional, significados.

Biografia do Autor

Letícia Dias Fantinel, Universidade Federal do Espírito Santo

Professora Adjunta na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutora em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), com estágio-sanduíche na Universidade Paris IX, mestre (2009) e bacharel (2005) em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Neusa Rolita Cavedon, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Associada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000), mestre em Administração (1988) e em Antropologia Social (1992) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bacharel em Ciências Econômicas (1979), em Administração de Empresas (1982) e em Administração Pública (1982) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - nível 1D.

Tânia Maria Diederichs Fischer, Universidade Federal da Bahia

Professora Titular na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo (1984), mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977) e bacharel em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1973), tendo realizado estágios de pós-doutorado na França, Estados Unidos, Canadá e Espanha. Coordenadora do Centro Interdisciplinar em Desenvolvimento e Gestão Social (CIAGS). Bolsista de Produtividade Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq - nível 1A.

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Publicado

2014-09-24

Edição

Seção

Artigos