Protagonismo juvenil e capital humano: uma análise da participação política da juventude no Brasil

Autores

  • Marcos Vinicius da Silva Goulart Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Nair Iracema Silveira dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do SUl

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2014.50.2.04

Resumo

Este artigo analisa, a partir do referencial da psicologia social, como a participação política da juventude é problematizada nos discursos que têm constituído o campo de formulação e implantação das políticas públicas para a juventude. O ano de 1985 foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) “Ano Internacional da Juventude”, momento em que o papel político dos jovens foi exaltado em prol do desenvolvimento social não só dos países em desenvolvimento, mas também dos países desenvolvidos. Neste sentido, inspirados pelo referencial genealógico foucaultiano, analisamos como a relação entre juventude, desenvolvimento social e participação política aparece no campo de interesses de agências de cooperação internacional e Organizações Não Governamentais. O protagonismo juvenil e o voluntariado serviram como analisadores desse processo, em que pretendemos demonstrar que ambos se relacionam diretamente, prescrevendo aos jovens modos de ser e de agir. A noção de capital humano foi utilizada, permitindo-nos indicar que a ação política e social dos jovens pode ser vista como uma espécie de investimento em si mesmo e um modo de subjetivação.

Palavras-chave: protagonismo juvenil, capital humano, políticas públicas.

Biografia do Autor

Marcos Vinicius da Silva Goulart, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Licenciado em Filosofia. Mestre em Psicologia Social. Atualmente é professor de filosofia na magistério estadual do RS e do município de Esteio/RS.

Nair Iracema Silveira dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do SUl

Professora Doutorado do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2014-09-24

Edição

Seção

Artigos