Das valas comuns aos direitos humanos: a descoberta dos desaparecimentos forçados na Espanha contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2012.48.2.09Resumo
Este texto se baseia numa pesquisa de campo “multissituada” de sete anos sobre o impacto do ciclo mais recente de exumações de valas comuns da Guerra Civil espanhola, levada a cabo em diversos cenários: exumações, atos comemorativos, conferências acadêmicas sobre a memória, apresentações de livros, concertos musicais, retiros universitários, assembleias, diversas ONGs, grupos de trabalho com apoio institucional, laboratórios forenses, exposições de arte, manifestações, etc. Explora a forma pela qual os discursos e conceitos transnacionais dos direitos humanos se converteram paulatinamente em guias fundamentais da ação de muitas das associações que promovem o que se conhece como “recuperação da memória histórica”, à medida que o debate foi crescendo, sofisticando-se, institucionalizando-se e, finalmente, indo a juízo. Neste sentido, a sequência de informes da Anistia Internacional sobre o processo ou auto julgado por Baltasar Garzón a 16 de setembro de 2008, a controvérsia gerada por ele até sua inibição a 18 de novembro de 2008 e os acontecimentos derivados do processo aberto contra ele no Supremo Tribunal atuaram como catalisadores desta irrupção dos direitos humanos nos debates sobre a memória, através de figuras jurídicas como as dos “crimes contra a humanidade”, os “desaparecimentos forçados” e outras.
Palavras-chave: antropologia da violência, memória social, direitos humanos, desaparecimentos forçados, valas comuns, exumações, vítimas.
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